sexta-feira, 7 de março de 2014

Smile


Meus olhos sorriem,
um sorriso largo
como daqueles bonequinhos “smile“ de batata frita congelada.
Tentador é sentir frio na barriga e não se embriagar dessa sensação.
A palavra seguinte se antecipa a anterior causando frisson em minhas frases.
Euforia...
Palavras submersas respirando por apenas uma pequena bolha de ar,
que surge ao acaso, ou de improviso ou de favor...
sabe-se lá!
Palavra antiga que não envelhece, não tem idade.
Eterniza-se nesse breve presente de apenas um segundo,
medida de tempo que passa, logo o presente passa.
O segundo passa, mas a palavra fica no segundo de agora.
A palavra é estável.
Você é palavra.
Você não envelhece.
Você não passa.
Mesmo que o tempo passe,
você não passa.
Você sendo palavra, e não pessoa, é o segundo de agora e não o que passou.
Por isso o sorriso largo, de “smile“,
pois mesmo que deixemos de existir algum dia,
renasceremos a cada momento em que essas palavras forem lidas.
Nesse instante, nesse segundo, seremos vida.

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