segunda-feira, 24 de maio de 2010

Manto de sombras



Faces de um lado obscuro
sem luzes no fim do túnel
Silencioso
como os sorrisos de canto
ou como os olhares mendigos
que se expõem, mas de tão inexpressivos
apenas conseguem silenciar

Falo de uma emoção que não se descreve
(que traz no coração um vazio, um aperto)
como quando se aventura na cama, sem sono,
e o consolo...
um controle remoto, um travesseiro!

Ao amanhecer, sem despertar
dormindo de olhos abertos
o dia com roteiro já certo
que passe logo, pois é preciso deitar

no meio do dia, sem aguentar
se deita, e rola,
o frio incomoda
se enrola
mas não se deixa levantar

Em sua mente um mundo
que não pára, projeta
anseia e lamenta
mas seu corpo, estátua
já não pode concretizar

Seu amigo, um terapeuta
seu alimento, "um" tarja preta
Suas vestes, um manto de sombras
e a força que não encontra
se esconde, por trás
de um simples versejar

2 comentários:

Emilene Lopes disse...

Adorei tua poesia Jal!
estes versos descrevem os poetas atuais: "Seu amigo, um terapeuta
seu alimento, "um" tarja preta
Suas vestes, um manto de sombras
e a força que não encontra
se esconde, por trás
de um simples versejar "
Verdadeiros e fortes...
Bjs
Mila

Valéria Giron (#Vall) disse...

Parabens...
Você usa muito bem as palavras e os sentimentos

Bjos Valéria