Cadê eu?
Fiquei no caminho,
na margem d'um lugar
que sequer tem nome
(Esse não é o meu lugar!)
Cadê a palavra,
que desvendava a alma?
Hoje parece oca.
Cadê o luar,
que iluminava a escuridão?
Cadê a dor que passava
só em tocar a sua mão...
Hoje a dor me falta,
isso me afasta.
(Antes dor, que o vazio)
Cadê a lágrima?
Ela não rola e me aperta o peito.
Cadê o segredo, o sonho, o desejo?
Cadê a flor, a tela, a música
a melodia que fazia dançar, amar?
Cadê a infantil falta de senso
que não me fazia desistir?
Não me fazia deixar de amar...
Cadê a insistência diante do não?
O não era apenas um ponto de partida
e não o final.
Hoje sou ponto.
Hoje não sou, não estou.
Hoje passou
Hoje sou o ontem sofrido
desse dia feliz
que um dia há de chegar.
Adorei! Lindissima!
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