Em baixo da cinza, tem fogo.
Não bote lenha!
Lá, na serenidade da cor,
tem vida,
não pode ser remexida.
Na paz, do que é quase fim,
pode estar o começo,
e eu digo, e repito,
não bote lenha!
Também não sopre,
pois não apaga!
A mais leve brisa
pode ser fonte,
e eu volte.
Não seja fonte,
não seja sol,
o solo é árido.
Não toque nas cinzas,
só o tempo pode apagá-las.
Me deixe ser fogo
sob as cinzas,
enquanto puder.
Sempre lindos seus poemas, beijos.
ResponderExcluirTodos nós em algum lugar do complexo sistema corporal, tem um pouco de brasa sob as cinzas... Uns a guardam com cuidado para que não se apaguem... os mais maduros apenas guardam porque sabem que nunca se apagarão!
ResponderExcluirNetto