quarta-feira, 29 de abril de 2009

De repente, paixão!



Te vi pela primeira vez
nao consegui segurar o coração
Senti que Deus trouxe de presente,
você, todo pra mim, cheinho de paixão

Você não saiu mais da minha mente
e me trouxe, assim bem de repente,
muito amor carinho e felicidade
pra dentro dessa minha vida que
agora vive cheia de saudade

Em um certo dia você me disse
"Sua boca só diz o que quero ouvir!"
Desde então me vejo plagiando palavras
e te falando em nossas conversas,
a mesma coisa que dizes pra mim.
Como evitar, se a atração foi enorme,
amarrada no fundo da alma
por uma liga tão forte,
feita dum mesmo sentir?

Eu versus loucura aqui no meu canto
pensando...
como fazer pra chegar em você?
beijar tua boca,
sentir tua pele na minha,
teu calor,
teu suor em mim,
teu abraço,
teu prazer,
me entregar a voce como,
só em sonhos, consigo fazer.

Porque fui me apaixonar?
Será que sofrer o que sofro
seja mais fácil do que a felicidade
que eu ainda nao conheço?

quarta-feira, 15 de abril de 2009

A poesia está morrendo? E a Natureza ainda chama a sua atenção?




Na realidade eu acredito que a passividade tomou conta dos corações, e não é uma realidade de hoje apenas, isso é antigo. O que mudam e se multiplicam são os fatos, mas a passividade é a mesma. E não são rostos mascarados em certo ponto da história que me farão mudar de opinião. O que "marca" é o isolado, porque o "corriqueiro" passa batido... por isso algumas pequenas e poucas revoluções fazem historia, porque chamam atenção por nunca antes terem acontecido. O que não quer dizer que venha a declinar as estatisticas da inércia humana.
As pessoas estão vivendo enjaoladas dentro de seu próprio universo, porque não dizer vivendo em "Castas", como é a realidade primitiva dos Indianos.
Nossas Castas não temem a um Deus, mas sim a um deus inconsciente que prima pelo seu bem estar e ao seu proprio umbigo.
Vivemos paranóicos com a violencia e com isso nos isolamos;
Vivemos preocupados com o futuro e com isso nao vivemos o presente;
Ignoramos aos necessitados como se eles não fossem nos encontrar em certo momento de nossa vida. Isso não é impossível. É fato. A gente sempre se encontra por aí na vida.
Interpretemos necessitados não apenas aos que tem sede de agua e fome de comida, o que ja seria mais que suficiente, mas também aos que tem sede de cultura, fome de amor, de companhia, de uma palavra amiga, de atenção.
Você me pergunta: "O homem perdeu a capacidade de admirar o belo e de assombrar-se com os mistérios da natureza?"
O homem não perdeu a capacidade de admirar o belo, é que o "belo" hoje mudou de conceito. Belo é salto alto, cabelo liso, cachos perfeitos, peles brilhantes, carro do ano, todo ano, casa grande e renovada. Assombrar-se com os mistérios da natureza? Claro que sim... para conseguir tudo isso que é belo nós temos que destruir nossa herança divina e lá vem efeito estufa, enchentes, seca, pessoas soterradas... isso sim é o que vem da Natureza que mais chama a atenção do homem... essa é a Natureza que aparece na TV.
Mas tenho esperança sim, que esses olhos passem a enxergar a beleza do simples, dos pequenos gestos, das delicadas gentilezas, dos sutis e amáveis olhares que já estão aos montes por aí e que só precisam de expectadores. E eu afirmo que não, a poesia não está morrendo, pois, enquanto isso, vamos nós poetas a registrá-los, quem sabe aos poucos consigamos alertar os corações (des) humanos.


Em resposta ao meu amigo Marcio Rufino em 15 abril de 2009 às 20:55 em seu fórum de discussão no Grupo "Eu escrevo poesias" de Jal Magalhães, no seguinte endereço:

http://redecultura.ning.com/group/euescrevopoesias/forum/topics/a-poesia-esta-morrendo?page=1&commentId=2625559%3AComment%3A15647&x=1#2625559Comment15647)

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Eu não me sinto amada



Recebo teu toque, tuas palavras
você me despe, me toma, me cansa
mas cada gesto, repetido, sentido
não me convence que ainda me ama

É um toque inverso, frio e até relapso
todo empolgado, se enganando, eu acho
não percebendo a sutileza do descaso
de cada olhar, de cada beijo, não amado

Meu coração despedaçado, disfarçando
até quando? até quando? até quando?
Como vou aguentar a frieza de quem amo?

Termina-se depois de tempo a obrigação
vou eu me convencendo, e por vezes não
de que no fim tudo nao passou de impressão