Me vejo em descontrole.
É que o coração
não pensa.
(Só não se joga
em seus braços
porque mora no peito)
Me olho no espelho,
me cuido
como se você fosse ver.
Me perfumo, me cheiro
como se você fosse sentir.
Se tá do seu jeito,
melhor assim...
Você me vê
com olhos de poucos.
Com os olhos da alma,
do tipo que desnuda
até a curva do pretexto.
Minha alma nua.
Você me sente,
no toque da canção,
e desvia,
no afã de proteger o querer
dessa dança de amar
que nos evola em sonhos.
E feliz pela presença
da lembrança,
assim eu me sinto,
me esbarro
com dúvidas antigas.
Volto a ouvir as mesmas cantigas
e os sentimentos se auto promovem
a um nível superior.
Muito superior
ao que consigo alcançar.
É um amor
difícil de amar.
Do seu jeito...
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