Em baixo da cinza, tem fogo.
Não bote lenha!
Lá, na serenidade da cor,
tem vida,
não pode ser remexida.
Na paz, do que é quase fim,
pode estar o começo,
e eu digo, e repito,
não bote lenha!
Também não sopre,
pois não apaga!
A mais leve brisa
pode ser fonte,
e eu volte.
Não seja fonte,
não seja sol,
o solo é árido.
Não toque nas cinzas,
só o tempo pode apagá-las.
Me deixe ser fogo
sob as cinzas,
enquanto puder.
2 comentários:
Sempre lindos seus poemas, beijos.
Todos nós em algum lugar do complexo sistema corporal, tem um pouco de brasa sob as cinzas... Uns a guardam com cuidado para que não se apaguem... os mais maduros apenas guardam porque sabem que nunca se apagarão!
Netto
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