Mirante,
esse que olho...
sem lados,
sem fim,
sem saídas.
Meu Deus...
me diz,
o que será de mim?
Mea-culpa?
Ah, quem me dera...
sou mais que isso.
Sou a carne,
sou a verdade
do lado mentira,
sou o foço d'um poço chamado desgosto
sou a desgraça do que dizia:
"Ah, quem me dera!"
Ele espreita,
e sofre,
e decide,
e quem sabe eu suplique
ainda mais...
Mea-culpa?
Ah, quem me dera!
Sou a parte real da mentira,
aquela que no imaginário se dizia
mas não era,
mas fingia
e bem...
tanto que foi crucificada
no ócio
no silêncio
no vazio
d'um momento que cala
mas não tarda
e fala...
e tudo terá fim.
Só não se sabe que fim...
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