Preciso da tua palavra,
da tua gritaria tardia e espaçada
- que fazia alarde, e só.
Nada além de fragmentos
de uma desprezível medida de vontade.
Homeopático do amor,
curando o coração com abstinência e se auto imunizando com
o próprio veneno que exala.
Acostumo-me com o quadro branco,
sem riscos,
sem risos,
sem lágrimas.
Me vem o impulso de escrever doces palavras.
Mas não me identifico com essa angustiante forma de dizer o que não se sente.
Se o buraco é negro, deixa estar.
Talvez esse incomensurável vazio se preencha com a escuridão de sua profundidade.
Que seja vazio enquanto cure…
Foto: Carol Burgo
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