quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Meus temores




Uma só palavra sua, e eu viajo, 
como se eu estivesse lendo um livro bom, 
de uma linda história de amor.
E tento descobrir nas nuances do teu sorriso de canto
se o que estou entendendo não é apenas o meu desejo,
mas o que você realmente tenta me dizer.
E temo o dia seguinte, 
temo seus pensamentos,
seus sonhos, seus ideais.
Seu dia a dia em minha ausencia,
realmente, isso me assusta.
Você diz que me ama,
e dizem que o amor é involuntário,
e temo, pois o não amor também é.
Não há matemática, nem ciência,
apenas a química perfeita
que o tempo desgasta.
Mas, como lastimo o amor ter fim!
E sentindo que no final das contas
somos apenas perambulantes
nesse labirinto de quereres,
e nem sempre me esbarro em você,
sofro, e é involuntário, assim como o amor.
Meus temores tomam conta
a cada gota desse tempo que se esvai
esvaziando meu tempo de amar,
de te amar.
E como te amo, te amo tanto...
E vivo esse amor intensamente hoje,
tão intenso quanto ontem,
e que seja intenso amanhã
e o pra sempre, que durar...





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