quinta-feira, 10 de abril de 2008

Meus olhos me traem


Tão sublime aventurar-me em tua alma, mesmo em sonho.
Divago na imensidão dos meus desejos e assim,
te sinto, te toco, te beijo.
Tua pele exploro, e me embriago, me entorpeço com teu cheiro.
Chego a penetrar na inquietude dos teus pensamentos e,
como que encanto, te faço desaguar num mar de carícias,
de prazer, de não se conter,
de só querer e amar, o tempo todo você.
Te vejo a mim se entregar como a tua razão jamais ousaria,
e por alguns instantes te embalo no doce ritmo das horas
que nunca acabam, que não se controlam
e se eternizam num breve espaço de tempo
que vai do momento do amor até o amanhecer.

De acordar eu desisto.
Só assim disfarço em prazer a dor que sinto
quando meus olhos me traem, se abrem
e me traz de volta a um mundo onde tenho que sobreviver
com essa angústia de não poder ter você.

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