quarta-feira, 11 de abril de 2012

Na palma da mão


Não sei quantas vezes tive vontade de gritar com você.
Sua teimosia me mata e me deixa louca.
Saberia ao menos o que se passa se você me desse apenas uma chance.
Mas você, nesse seu mundo real, não se dá ao luxo de viver um pouco a fantasia.
Carrega o mundo na palma da mão.
Louco é o homem que apenas vive... e não sonha.
Minhas decisões de nada adiantam. Você ignora meu sim, ignora meu não.
E querendo fazer de conta que não estou nem aí. Abstraio. Me traio. Sufoco.
E para matar você em mim preciso antes morrer.
Questão difícil, se já me sinto morta 
não seria justo que já o tivesse matado?
É um labirinto cheio de enigmas como quadros na parede.
E eu estou naquele retrato. O mais complexo. O abstrato.
Não sei se vou, se fico.
Eu mesma respondo: 
"Qualquer um. Você não se importa."
Mas, desta vez não emudeço. 
Não pasmo. Não paro. Falo sério.
É sem volta. 
Estou saindo por aquela porta!

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