Te procuro
no escuro do mundo
pela fresta dum muro
que separa a dor e o amor
Sigo a corrente do Rio
de Janeiro a Dezembro
num tempo que não passa
nem pára,
nem afasta o dissabor
Falência dos sentidos
e desse coração partido
que sangra, ferido
mas não deixa de te amar
Sina dos gigantes
dos exagerados amantes
não se ama mais como antes,
por tão pouco,
vemos tudo se acabar
Hoje, um "eu te amo"
amanhã... um talvez!
Não percebe como me sinto
e o mal que voce me fez?
Ainda assim te procuro
(no escuro do mundo
e numa fresta
onde tento te encontrar)
e pêrdôo
cada palavra não dita
e essas horas malditas
que me deixastes
a chorar
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