quarta-feira, 15 de abril de 2009
A poesia está morrendo? E a Natureza ainda chama a sua atenção?
Na realidade eu acredito que a passividade tomou conta dos corações, e não é uma realidade de hoje apenas, isso é antigo. O que mudam e se multiplicam são os fatos, mas a passividade é a mesma. E não são rostos mascarados em certo ponto da história que me farão mudar de opinião. O que "marca" é o isolado, porque o "corriqueiro" passa batido... por isso algumas pequenas e poucas revoluções fazem historia, porque chamam atenção por nunca antes terem acontecido. O que não quer dizer que venha a declinar as estatisticas da inércia humana.
As pessoas estão vivendo enjaoladas dentro de seu próprio universo, porque não dizer vivendo em "Castas", como é a realidade primitiva dos Indianos.
Nossas Castas não temem a um Deus, mas sim a um deus inconsciente que prima pelo seu bem estar e ao seu proprio umbigo.
Vivemos paranóicos com a violencia e com isso nos isolamos;
Vivemos preocupados com o futuro e com isso nao vivemos o presente;
Ignoramos aos necessitados como se eles não fossem nos encontrar em certo momento de nossa vida. Isso não é impossível. É fato. A gente sempre se encontra por aí na vida.
Interpretemos necessitados não apenas aos que tem sede de agua e fome de comida, o que ja seria mais que suficiente, mas também aos que tem sede de cultura, fome de amor, de companhia, de uma palavra amiga, de atenção.
Você me pergunta: "O homem perdeu a capacidade de admirar o belo e de assombrar-se com os mistérios da natureza?"
O homem não perdeu a capacidade de admirar o belo, é que o "belo" hoje mudou de conceito. Belo é salto alto, cabelo liso, cachos perfeitos, peles brilhantes, carro do ano, todo ano, casa grande e renovada. Assombrar-se com os mistérios da natureza? Claro que sim... para conseguir tudo isso que é belo nós temos que destruir nossa herança divina e lá vem efeito estufa, enchentes, seca, pessoas soterradas... isso sim é o que vem da Natureza que mais chama a atenção do homem... essa é a Natureza que aparece na TV.
Mas tenho esperança sim, que esses olhos passem a enxergar a beleza do simples, dos pequenos gestos, das delicadas gentilezas, dos sutis e amáveis olhares que já estão aos montes por aí e que só precisam de expectadores. E eu afirmo que não, a poesia não está morrendo, pois, enquanto isso, vamos nós poetas a registrá-los, quem sabe aos poucos consigamos alertar os corações (des) humanos.
Em resposta ao meu amigo Marcio Rufino em 15 abril de 2009 às 20:55 em seu fórum de discussão no Grupo "Eu escrevo poesias" de Jal Magalhães, no seguinte endereço:
http://redecultura.ning.com/group/euescrevopoesias/forum/topics/a-poesia-esta-morrendo?page=1&commentId=2625559%3AComment%3A15647&x=1#2625559Comment15647)
Boa tarde amiga.Estou visitando aos poucos seu espaço.Seu texto é perfeito.Parabéns e obrigado.Arnoldo Pimentel
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