sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Momentos perfeitos




No instante em que você me toca
percebo que nada mais importa.
São raros os momentos em que
me desprendo do mundo,
e você tem esse poder,
de me fazer andar em nuvens
de girar num carrocel
como se eu ainda fosse criança.

Pego em sua mão,
como se minha segurança dependesse disso,
e meu medo some.
Me sinto forte
a ponto de até, também te proteger.

Digo sim a vida
enfrento as dores
não me lembro de outros amores
e tudo o que importa agora,
eu e você.

Eu e voce
numa unidade...
não parecemos mais de um.
Para que tantos?

E sem planos vivo cada dia 
com a idéia de que o "pra sempre" é agora
quando imortalizo na alma, na memória, 
esses momentos perfeitos com você.

deito ao seu lado,
te olho,
fico assim até o amanhecer...

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Minto pra mim

 
 
Enquanto a nossa música toca,
sinto a sua presença,
sinto o seu cheiro,
lembro do beijo.
Te vejo.

 
Ela acaba,
eu suspiro...

 
Lembro de como foi bom,
do quanto te amei,
do quanto me entreguei.

 
A lembrança de nós dois
é um pouco da eternidade
que se guarda em mim,
como saudade.

 
E apenas sigo em frente
como se tudo
fosse mais importante que você.

 
Menti quando eu disse
que não te amo mais.
 
Minto pra mim,
com um forte desejo
de tentar ser feliz outra vez.
 

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Abismo





E é ali, bem na beira do abismo
que a projeção do passado
se exibe, como a um filme, 
que transcorre diante dos olhos
daquele que sequer lamenta mais.

E é diante dos olhos que se vê toda a verdade
a podridão que vem até das palavras mais doces.
Com o tempo, vestígios se cruzam 
e se fazem entender.

Duro demais entender,
faz do abismo um fardo leve.

É cruel deixar-se analisar depois de um tempo,
depois de uma longa estrada percorrida,
depois da certeza ou da imposição da vida.

Ou, tudo não é o que é, e só?
Crer que só, já foi crido. 
Difícil é mergulhar no esquecido
e relembrar as nuances...
que diziam tanto, 
mas não foi entendido.

As vezes, de susto,
a gente quase cai da cama.
É assim no abismo,
essa mesma sensação
constante, sem ter fim.

Flutuando num mar de palavras
de olhares, de faltas, 
do quase e do talvez,
imagens, cenas, sons
que se agigantam
e tonteiam e deixam em transe
aquele que deseja pular, enfim.

Quando o mundo não faz,
o abismo acolhe.

fim.


Run - Snow Patrol